terça-feira, 4 de maio de 2010

- Que horas são?

Os ponteiros do meu relógio estão paralisados há muito tempo; sinto como se estivesse ausente há dias, o que eu faço? Eu tenho uma vida a viver, mas como posso fazer as coisas sem ter noção alguma do tempo? E de repente o chão fica distante; eu cresci, mas parece que não consigo alcançá-lo...
Viver distante pode ou não ser o problema, mas o que adianta perto e infeliz? Uma intensa lista de dúvidas surge inesperadamente, só eu sei o que acontece.
Ah, o céu! Como estava belo, cinza! E agora? O breu chegou, não consigo distinguir quase nada, a lua não ilumina tudo! Estou paralisada diante do tempo. Ah Deus, como És bom! Sinto o chão novamente; acho que consigo ver algo diferente lá no alto, o que será? Uma estrela? Ou só mais uma de minhas fantasias intensas?
Não sei por que, mas parece que tenho tempo pra certas coisas, pra outras não. Tenho incontáveis tarefas, mas elas não me satisfazem, acho que estou perdendo o controle mais uma vez da situação.
E toda essa forma louca de expôr minha lucidez cabisbaixa... qual a relação com o tempo, o céu, as dúvidas? Por que tantas dúvidas? Por que?
E obrigada ao amigo não imaginário que me compreendeu e me deixou viver. Agora você, meu violão, mais uma vez, vai comigo, e vamos juntos, acompanhados da solidão para um lugar onde ela se sinta a vontade, a ponto de dormir e me deixar partir!
Enfim, a última pergunta: Por que sempre o violão?
Porque de certa forma, ele não fala, mas ouve antentamente.

" Tempo, você fez com que o céu mudasse de cor e, nessa escuridão, não consigo ver nada. Que tal deixar chegar o novo dia, quem sabe um certo alguém não se cansa e não me deixa em paz? "

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